Sunday, January 18, 2009

Amor universal


Hoje depois das minhas práticas matinais comecei a observar como sou atormentada por coisas que me aconteceram no passado. O pior de tudo isso é que eu mais do que qualquer outra pessoa das minhas relações sei quanto isso é prejudicial e impede o caminho do ser humano rumo a libertação = iluminação.

São assuntos que ficaram pendentes, relações que ficaram mal resolvidas e que ao invés de receberem o devido esclarecimento foram jogadas para debaixo do tapete. Eu sei o motivo pelo qual ainda, depois de passado tantos anos, isso me deixa desnorteada. Simplesmente porque colocar as coisas para baixo do tapete não faz e nunca fez o meu estilo!


Entretanto, em prol da minha serenidade, o melhor caminho a tomar parece ser o do desapego das situações vividas. Como isso pode ser tão difícil? Como nossa mente, nossas lembranças, nossas estruturas cármicas, podem nos dominar dessa maneira? Tem vezes que eu me pego desanimada, me sentindo uma boba porque ainda cultivo tais pensamentos atrasados. Digo para mim mesma: “Sua idiota, todos estão tranqüilos vivendo as suas vidas e você aqui remoendo o passado!”.


E, pior ainda, isso é a mais pura verdade! Portanto, agora sei que devo fazer o velho truque Mahayana de usar meus obstáculos como aliados para seguir firme minha prática espiritual. Todas essas negatividades, todos esses fantasmas serão a partir de agora e quantas vezes forem necessário meus mestres. Quando eu estiver pensando nas situações ou nas pessoas esse será um sinal de que novamente estou me dirigindo pelo caminho das distrações.

Fora essa resolução também pratico muito uma meditação chamada Metabavana. Ela deve ser praticada três vezes seguida, com o foco em uma pessoa em especial e isso ajuda a desenvolver a compaixão e gerar méritos para você e a outra pessoa. É simples de fazer basta dizer:


Que esse ser seja feliz

Que se afaste do sofrimento

Que encontre as causas da felicidade

Que se afaste das causas do sofrimento

Que se livre de toda estrutura cármica

Que tenha lucidez, visão instantânea

Que encontre a verdadeira capacidade de ajudar os seres

E que nisso encontre a verdadeira alegria e felicidade

Metabavana pode ser usado para um ser que te ofendeu na rua, para o vizinho chato, para o cara da mercearia que te passou a perna no troco, para um amigo que precisa de uma ajuda e assim por diante. Esse é o segredo da serenidade de tibetanos e indianos que praticam a Metabavana constantemente no seu dia a dia.


Por experiência própria eu digo que funciona e muito, serena o coração e desperta a compaixão!

“O mundo não é algo externo e fixo como nós usualmente imaginamos. É algo inseparável do nosso modo de olhá-lo. Isso é o que se chama de coemergência de todos os fenômenos. Ou seja, do jeito que nós surgimos, surge também a experiência de mundo. O fato de não haver separação entre o sujeito e o objeto é uma realidade, ainda que não a percebamos. Portanto, não é possível sermos felizes sozinhos. Para alcançarmos a verdadeira felicidade é preciso que os outros estejam felizes também”, afirmou o lama, aconselhando a prática de metabavana, a meditação do amor universal, em que aspiramos que todos os seres, sem exceção, se afastem do sofrimento, e das causas do sofrimento, e sejam felizes e tenham as causas da felicidade. “Quando substituímos um problema por uma visão amorosa e compassiva, nos sentimos melhores”, afirmou Lama Padma Samten.

Viva o Lama Padma Samten! Viva! http://www.caminhodomeio.org/Noticias/bemestar.html

1 comment:

  1. Nada como viver isso na prática... ter encontrado o Methabavana aqui nesta noite ajudou uma pessoa... obrigado!

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